Fedora Silverblue 32 - Primeiras Impressões
Fedora Silverblue 32
O que é o Fedora Silverblue?
Fedora Silverblue é um sistema da nova geração do sistema operacional para desktops do Fedora, conhecido anteriormente como Fedora Atomic Workstation. O sistema é entregue em imagens criadas com o rpm-ostree.
A base do sistema é imutável, e quando instalamos programas RPM o sistema cria camadas de pacotes que são incorporados à base do sistema e entregues em uma imagem bootável. A cada alteração feita na camada de pacotes, usando o rpm-ostree, o sistema gera uma nova árvore de pacotes+base para fazer o boot novamente. A base não é alterada, alteramos somente a camada de pacotes que acompanham a base.
É meio confuso no início, mas isso garante coisas interessantes, como reverter o sistema para o estado anterior caso algo saia errado (usando o recurso de rollback no ostree) ou fazer um rebase para versões posteriores do sistema - fiz um post sobre isso aqui - e ter condições de voltar para a versão anterior caso seja necessário.
O sistema também possui algumas desvantagens, como ter que fazer um reboot a cada mudança na camada de pacotes RPM (o que inclui instalação de pacotes RPM ou atualização desses pacotes). Se uma instalação for interrompida antes de terminar, por queda de energia elétrica, problemas com a conexão ou algum outro erro, o sistema não armazena o que já baixou, então temos que recomeçar a operação - ou o sistema baixa e instala tudo, ou nada.
Fazendo o balanço entre vantagens e desvantagens, eu não tenho razões para usar o Workstation tradicional após ter conhecido o Silverblue e após ter usado em várias máquinas com várias configurações diferentes, de Atom D525 a i5 de sétima geração.
Mas chega de falatório, se quiserem saber mais sobre o sistema cliquem nos links acima, acompanhem o Blog FastOS Linux e também meus futuros posts sobre o sistema.
Consumo de RAM inicial
Após a instalação, sem fazer nenhuma personalização, o sistema ocupa, em repouso, aproximadamente 700MB de RAM. Como minha máquina possui apenas 2GB de RAM, o uso de swap é bastante intenso, então vou diminuir esse uso de RAM inicial futuramente.
Consumo do disco
O sistema recém-instalado ocupa 6GB do disco na partição / - que no caso do Fedora Silverblue é o ponto de montagem /sysroot. O consumo de disco da /home é praticamente zero, a captura de tela mostra 20GB de consumo porque estou fazendo dualboot com o Debian e usando a mesma partição para a HOME - que no caso do Fedora Silverblue é montada como /var/home
Programas instalados
O Fedora Silverblue vem com poucos programas instalados, e a maioria dos programas gráficos vem do repositório de flatpaks do Fedora - chamado fedora mesmo.
Flatpaks
Veja a lista dos flatpaks instalados por padrão:
Nome Tamanho instalado Origem Baobab 328,2 kB fedora Calculadora do GNOME 1,8 MB fedora Calendário 19,5 MB fedora Caracteres do GNOME 1,0 MB fedora Contatos 20,3 MB fedora Evince 60,8 MB fedora Registos GNOME 384,0 kB fedora GNOME Mapas 20,6 MB fedora Captura de ecrã do GNOME 306,2 kB fedora Meteorologia 8,4 MB fedora Relógios do GNOME 4,0 MB fedora Visualizador de Imagens 3,7 MB fedora Fontes do GNOME 708,1 kB fedora gedit 4,5 MB fedora
RPM
Os programas gráficos RPM instalados, que consegui verificar, são Firefox, GNOME Software e GNOME Discos.
Primeiras impressões
O Fedora Silverblue 32 ficou bem mais responsivo que o Fedora Workstation na minha máquina, um laptop bem modesto que sente as menores diferenças de desempenho entre os sistemas. Usa praticamente a mesma quantidade de memória RAM (o que não é o principal medidor de performance), mas tem menos serviços ativados por padrão, até por ter pouquíssimos programas instalados.
Por se tratar de um sistema bem diferente do Workstation tradicional, seu uso requer algum aprendizado e algumas mudanças na forma de lidar com o sistema e com os pacotes.
Eu ainda não recomendaria para alguém totalmente iniciante, porque a documentação do sistema ainda é pequena e a pessoa iniciante acabaria vendo tutoriais do Fedora tradicional, o que pode não trazer uma experiência de uso muito boa no Silverblue. Mas certamente eu recomendaria a usuários com mais experiência, para o próprio uso ou para colocar em máquinas de outras pessoas menos experientes. Apesar de ser bem diferente, a manutenção do sistema é bem mais fácil do que nos sistemas tradicionais, por ter sua base imutável.
Sendo assim, a razão para eu ainda não recomendar a iniciantes não é o sistema ser difícil de usar, mas é pela documentação ainda ser pequena e iniciantes teriam dificuldade para instalar o sistema e os programas por conta própria, especialmente se não estiverem dispostos a usarem tecnologias como Flatpak. Basicamente: se não quiserem usar flatpaks, não usem o Silverblue (sentença tirada da minha cabeça, não é uma regra).
Mas vou falar sobre o meu pós-instalação e meu uso do sistema nos próximos posts. Até mais, pessoal!
Comentários
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Oi Leandro! Confesso que fiquei interessada no Silverblue mesmo sendo usuária bem intermediária, mas sempre com muita vontade de aprender.
Recomenda?0 -
@lunita recomendo sim. Mas prepare-se para aprender, pois as coisas são bem diferentes. Quanto menos repositórios de terceiros, melhor. Quanto menos layered packages, melhor. É um outro mundo.
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Uma coisa que não ficou claro para mim é se o sistema segue tipo um padrão rolling release de alguma forma, como por exemplo ao lançarem o gnome 3.38 em setembro o sistema automaticamente atualiza?
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Osiel ele não é rolling release. As versões são as mesmas do Fedora Workstation.
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